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 JIGORO KANO FUNDADOR

            DO JUDÔ

ATLETAS ANTIGOS DA REFLEXO

CONDE KOMA

ANTIGA ENTRADA DO KODOKAN

 ASSOCIAÇÃO ESPORTIVA REFLEXO

ENTIDADE CRIADA EM 27/10/2001

NA CIDADE DE ABREU E LIMA -PE

É UMA ENTIDAE SEM FINS ECONÔMICOS

E DE ULTILIDADE PÚBLICA LEI: 617/2008

É DIRIGIDA PELO PROFESSOR CÉLIO ROSENDO

4º DAN DE JUDÔ PELA FPJU/CBJ

E TEM COMO DIRETOR TÉCNICO PROF. WAGNER 3º DAN

DIRETOR SOCIAL PROFª MARIA DE FÁTIMA 3º DAN

PROFª ELAINE ALMEIDA 1º DAN COMO TESOUREIRO

PROF. MARCIO ANDRADE VICE PRESIDENTE E RESPONSÁVEL

PELO DEPTO. DE EDUCAÇÃO FÍSICA.

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HISTÓRIA DO JUDÔ
HISTÓRIA DO JUDÔ

História do Judô

 No Mundo

É sabido que Jigoro Kano foi um homem de pequenas dimensões, com 1.55 m, e não mais que 55 quilos, como cita Virgílio em A Arte do Judô, 1994, foi um ser exemplar, graduado em Filosofia, Economia e Ciência Política na Universidade Imperial de Tóquio, além de muitos outros feitos, dentre eles de ser o primeiro japonês a pertencer ao Comitê Olímpico Internacional; tem como nome sugestivo "Pai da Educação Física do Japão".
Tendo como objetivo tornar-se mais forte, buscou uma saída no Ju Jitsu, no entanto, foi um período de trevas para as Artes Marciais, pois perderam todo apoio que era dado pelo Clã dos Lordes (militares) pois tais clãs estavam perdendo seus privilégios perante a aristocracia.
Passagens dizem que, após muito sacrifício Sr. Kano conseguiu um primeiro mestre que iria lhe ensinar as raízes do Ju Jitsu, Teinossuke Yagi; mais tarde, foi substituído por Hatinossuke Fukuda, que faleceu dois anos depois, sendo continuado o processo de aprendizagem por Massatomi Iso, ambos da escola Tenjin - Shin - Yo - Ryû (a mesma "Tenshinshinyo - Ryû" citada pela FPJ).
Adquirido o conhecimento do Ju Jitsu, e vendo o potencial ali enclausurado que certamente poderia ter um valor educativo na preparação dos jovens, aprimorando seu autodomínio e buscando superar suas próprias limitações. Jigoro Kano centrou-se na "transformação daquela tradicional arte marcial num esporte que pudesse trazer benefícios para o homem, ao invés de utilizá-la como arma de defesa pessoal simplesmente" (FPJ - Caderno Técnico da História e Filosofia do Judô, 1999).
Jigoro Kano peneirou ao máximo o Ju Jitsu, buscando a análise e pesquisa de suas técnicas excluindo as mais prejudiciais e lesivas à sua prática por leigos. Tal estudo destas técnicas se deu no templo budista de Eishosi. Junto a esses pré requisitos, Jigoro Kano idealizou princípios morais, éticos e pedagógicos, os métodos educacionais, como uma disciplina de Educação Física que não seja lesiva.
Em 1882 funda sua própria escola - Kodokan (Ko significa fraternidade, Do, caminho, moral princípio, e Kan, instituto) - Ou seja, o Instituto para Estudar o Caminho, denominando seu projeto de JUDO KODOKAN, destinado à formação e preparação integral do homem através das atividades físicas de luta corporal e do aperfeiçoamento moral, sustentada pelos princípios filosóficos e exaltação do caráter, que era a essência do espírito marcial dos samurais, o Budô.
As formas e locais de luta, naquela época eram vistas como redutos de marginais e quem dedicasse seu tempo a tais atividades não era bem visto pela sociedade, no entanto Kano teria que superar tal preconceito.

Para tal, ele atribuiu à seus alunos algumas normas e regras:

· Se for admitido no Kodokan, prometo não ensinar nem divulgar os conhecimentos da arte que me será ensinada, salvo com autorização de meus mestres;
· Não farei demonstrações públicas com o fim de obter lucros.
· Minha conduta nunca poderá ser vista de forma a comprometer ou desacreditar o Kodokan.
· Não abusarei nem farei uso indevido dos conhecimentos que vier a ter.

Quando seu iniciou a prática desta nova arte, existiam alguns exercícios já denominados Judô, eles são baseados em três maiores grupos de técnicas (waza):

· Nague Waza ( Técnicas de Arremesso)
· Katame Waza (Técnicas de Solo)
· Atemi Waza (Técnicas de ataque a pontos vitais)

A finalização da parte técnica do Judô Kodokan se deu durante o ano de 1887. A partir daí, foi edificada sua esfera filosófica, chegando a um ponto ideal denominado por Jigoro Kano como:

"Judô é a máxima eficiência do uso da mente e do corpo para o benefício e o bem estar mútuos"
Seiryoku - Zen - Yo = máxima eficiência com mínimo esforço
Jita - Kyoei = bem estar e benefícios mútuos

"Podemos dizer que a grande diferença entre o Judô e o velho Ju Jitsu é a elevação da arte marcial ao caminho de auto conhecimento."

Com o intuito de aplicar os conhecimentos oferecidos pelo Judô não só no Dojo (local de prática, lugar iluminado segundo o budismo), Jigoro Kano nos coloca cinco princípios básicos:

1) Conceito de que o indivíduo deve dar toda atenção ao relacionamento entre ele e seu oponente, antes de realizar um ataque, deve observar o peso, a constituição física, os pontos fortes, o temperamento, etc.
2) A tomada de iniciativa, devemos elaborar estratégias para realizarmos o desejo de conduzirmos o adversário numa certa direção.
3) Refletir, integralmente, para agir com determinação. Agir com determinação significa executar sem hesitação e sem segundas intenções.
4) Saber quando parar. Quando um ponto predeterminado for atingido, é tempo de cessar a aplicação de técnicas ou qualquer que seja a ação.
5) Andar por um caminho simples, sem se tornar arrogante com a vitória nem humilhado com a derrota; sem esquecer a cautela quando tudo é silêncio ou tornar-se amedrontado quando ameaçado pelo perigo..

Sensei Stanlei Virgílio em sua obra, A Arte do Judô, 1994 coloca os princípios com compõe o Espírito do Judô. Caminhos a serem seguidos para percorrer o "Caminho Suave":

1) Conhecer-se é dominar-se, dominar-se é triunfar.
2) Quem teme perder já está vencido.
3) Somente se aproxima da perfeição quem a procura com constância, sabedoria e, sobretudo, humildade.
4) Quando verificares, com tristeza, que nada sabes, terás feito teu primeiro progresso no aprendizado.
5) Nunca te orgulhes de haver vencido um adversário. Quem venceste hoje poderá derrotar-te amanhã. A única vitória que perdura é a que se conquista sobre a própria ignorância.
6) O judoca não se aperfeiçoa para lutar. Luta para se aperfeiçoar.
7) O judoca é o que possui inteligência para compreender aquilo que lhe ensinam e paciência para ensinar o que aprendeu a seus companheiros.
8) Saber cada dia um pouco mais, utilizando o saber para o bem, é o caminho do verdadeiro judoca.
9) Praticar o judô é educar a mente a pensar com velocidade e exatidão, bem como ensinar o corpo a obedecer corretamente. O corpo é uma arma cuja eficiência depende da precisão com que se usa a inteligência.

 

No Brasil

Antes de chegarmos ao Judô nacional, é interessante lembrarmos que existiram vários divulgadores no Judô. Dentre eles podemos destacar:

Yukio Tani, Hikoichi Ainda e Gunji Koisumi fora para a Grã Bretanha
Ishiguno e Kawaishi para França, Romênia, Bélgica, Espanha, Holanda, Turquia e Egito
Yamashita teve como terra acolhedora os Estados Unidos da América

Contudo, segundo Virgílio, Jigoro Kano foi o principal divulgador da arte. De 1889 à 1891 percorreu à Europa realizando conferências e demonstrações; entre 1902 e 1905 esteve na China, e entre 1912 e 1913 foi à Europa e EUA.
A Federação Internacional de Judô foi fundada no 1º Campeonato Europeu em Paris - 1951, tendo como fundador Risei Kano, e em 1952 é fundada a União Pan-americana de Judô.
Mostramos também que não houve uma missão oficial para a divulgação e inserção do Judô no Brasil; apesar da diferença nas datas e dados uma fonte importante é a Sensei Massao Shinorara que afirma que a implantação do Judô no Brasil foi efetivada em mais ou menos 1908 através da imigração japonesa. Mostramos aqui a vinda de um Judô inserido na cultura japonesa, principalmente dos agricultores, os quais realizavam a prática desta arte para manter viva a terra natal em suas memórias.
Quando falamos da vinda do Judô ao Brasil, rapidamente lembramos de Mitsuyo Maeda, ou Eisei Maeda, o Conde Koma. Maeda vem ao Brasil através de um envio especial do Kodokan para a divulgação do Judô e do Ju Jitsu nos EUA, junto à ele vem Tomita, Satake, Ono e Ito, que fazem um percurso desde os EUA, a América Central até a América do Sul divulgando a arte do Kodokan através de demonstrações e desafios.
Quanto a chegada de Conde Koma ao Brasil, existem várias divergências, no entanto, Rildo Eros relata a chegada de Conde Koma, através da cópia do Passaporte dele cedido por Gotta Tsutsumi, presidente da Associação Paramazônica Nipako de Belém, que revela sua chegada à Porto Alegre em 14 de Novembro de 1914, tendo ganhado tal apelido devido à sua elegância e semblante triste.
No Brasil ele teria percorrido o caminho de Porto Alegre, Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador, Recife, São Luiz, Belém (OUT/1915) e finalmente em Manaus em 18/12/1915.
O grupo japonês, em Manaus, fazia demonstrações de técnicas de torções, defesa de agarrões, chave de articulações, demonstrações de armas japonesas e mesmo desafios ao público.
Virgílio nos mostra que Maeda criou uma academia em Belém do Pará, cujo teve muita aceitação sendo freqüentada por último por integrantes da família Gracie.
Nos primórdios, o Judô era filiado à Federação Paulista de Pugilismo, e suas respectivas regras de combates formuladas em 1936, há indícios que surgiu uma entidade não oficial entre 1933 e 1942, denominada Federação de Judô e Kendô, sendo a responsável pela divulgação do oficial Judô - Kodokan.
Contudo, precisaríamos de um entidade nossa perante a legislação, com isso surge a Federação Paulista de Judô, em 17 de Abril de 1958.
Já a Confederação Brasileira de Judô, segundo Matheus Sugizaki, foi fundada em 1969, sendo reconhecida somente em 1972.
Após esta trajetória no tempo, temos como indícios duas correntes:

a) Os pioneiros do Kasatu Maru, agricultores e colonos que praticavam o judô como um meio de laços à sua origem; amenizar a saudades e para a prática marcial desta arte inserida em suas culturas. Deste grupo destacamos Tatsuo Okoshi que chegou ao Brasil em 1924/1925, seguido de Katsutoshi Naito, Sobei Tani e Ryuzo Ogawa.

b) E do outro lado os Lutadores, que buscavam e lançavam desafios e demonstrações lutando publicamente, utilizando o Judô (na verdade uma forma de vale tudo com Ju Jutsu, Judô, etc.) como forma de subsistência ,desta corrente destaca-se Mitsuyo Maeda, Takagi Saito, Geo Omori, Ono e os Gracie.