Então, certa vez, Maeda foi convidado a participar de um combate por dinheiro. Considerando que a renda dele estava na ocasião limitada, ele aceitou. Porém, esta era uma violação de regras de Kodokan que proibiam os sócios de participarem de lutas contra outros estilos. Maeda não pareceu se preocupar com isto e assim sua carreira como lutador começou.
Acreditasse amplamente que Maeda foi expulso do Kodokan por participar de lutas contra lutadores de outros estilos, e depois em vida, o próprio Maeda lamentou a outro japonês, o qual encontrou durante suas viagens, que ele temia que isto fosse verdade. Porém, não se encontrou nenhum registro de sua expulsão e isto nada mais é que um rumor infundado que existe ainda hoje.
É dito que Maeda tenha lutado em mais de 2.000 combates na sua carreira, muitos não registrado.
Ele viajou ao longo das Américas e Europa. Ele possuía aproximadamente 1,65 m de altura, assim seus oponentes eram normalmente maiores que ele. Todavia, ele se tornou uma lenda no mundo das lutas e o seu nome ainda é bem conhecido nos estabelecimentos japonesas nas Américas. Maeda não era nenhum invencível. Ele perdeu duas lutas em um campeonato mundial em Londres. Neste torneio, Maeda lutou nas categorias peso médio e peso pesado chegando respectivamente as semifinais e finais. Em lutas onde regras de judô eram usadas, porém, Maeda era invencível.
Maeda pensava no judô como a última forma de autodefesa. Para ele, artes ocidentais como Boxe e lutas livres eram só jogos com um conjunto de regras. A estratégia de Maeda em qualquer luta era aplicar no oponente uma cotovelada ou chute baixo. Então por meio de um lançamento levava seu oponente ao solo onde terminava o combate com um estrangulamento ou chave. Maeda nunca teve medo de provar a superioridade de judô. Uma vez enquanto em Londres, ele viu um artigo no jornal onde um russo campeão de luta livre foi citado afirmando que a luta livre era superior ao judô. Ele localizou o lutador (que era muito maior que Maeda) e o desafiou naquele mesmo lugar. O lutador recusou, explicando que ele foi citado erroneamente pelo jornal e não poderia arriscar-se a perder uma luta para um não praticante de seu estilo. Maeda também quis desafiar Jack Johnson, o campeão mundial peso pesado na ocasião, mas ele nunca aceitaria tal desafio.
O apelido "Conde Koma" surgiu quando Maeda estava na Espanha em 1908. Maeda ouviu falar de outro japonês em Espanha que estava se afamando como o número 1 do Japão. Como Maeda já era famoso, ele soube que este judoca deixaria a cidade se ele descobrisse que Maeda estava em algum lugar próximo. Maeda considerou isto um problema. Ao mesmo tempo, ele teve outros problemas, principalmente financeiros. Para descrever o próprio estado, Maeda usou o verbo japonês “Komaru” que representa estar em dificuldade ou estar em uma dificuldade. Ele pensou em se chamar Maeda Komaru, mas decidiu não ser um bom apelido. Ele derrubou a sílaba final e passou a usar o nome “Koma”. Um espanhol sugeriu adicionar a palavra "Conde" que quer dizer conta. Dali em diante, Maeda adotou o apelido "Conde Koma”. Apelido que mais tarde se tornou parte do nome legal dele. (O autor não diz se Maeda pôde desafiar o afamado judoca).
Maeda continuou suas viagens. Em 1915, ele terminou no Brasil em uma cidade chamada Belém. Ele considerou o país um paraíso e se estabeleceu permanentemente. Ele ainda se ocupou com confrontos e desafios e ficou famoso ao longo da região. Ele também voltou a Cuba, México, e o E.U.A. quando a oportunidade surgiu, mas Belém se tornou a sua casa.
Em 1925, o enfoque da vida de Maeda mudou do judô à ajuda os imigrantes japoneses no Brasil. Maeda acreditou que a Amazônia era o lugar ideal para colonos japoneses. Ele desencorajou imigração para o E.U.A. por causa do sentimento antijaponês. O Brasil era muito aberto aos imigrantes japoneses e a Amazônia apresentou um mundo inexplorado de oportunidades ilimitadas. Ele cooperou completamente com funcionários de governo japoneses que visitaram o Brasil para explorar a viabilidade de imigração japonesa.
Em 1928, uma companhia japonesa foi formada para ajudar os japoneses a povoar em uma cidade na selva Amazônica chamada Tomeasu. Esta cidade era parte de uma grande área que o governo brasileiro tinha posto de lado para imigrantes japoneses. Maeda trabalhou para ajudar os colonos a começarem uma vida nova. Infelizmente, a malária e outras doenças eram excessivas. Os colonos não conheciam a dieta brasileira e cultivaram arroz, berinjelas, tomates, e outros legumes que tiveram pequena demanda de mercado. Os imigrantes começaram a abandonar o povoado em números grandes para cidades de porto. Maeda sempre tentou ajudar onde ele pôde. A companhia que fundou o povoado eventualmente perdeu o interesse e virou sua atenção ao comércio ultramarino. Maeda ficou profundamente entristecido pelos eventos, mas nunca deixou de ajudar os imigrantes japoneses. Em 1931, Maeda se tornou um cidadão brasileiro.
Em 1940, os governantes japoneses ofereceram a Maeda uma viagem para o Japão em reconhecimento a tudo que ele havia feito pelos imigrantes japoneses. Ele recusou na ocasião, justificando-se a um amigo dizendo que gostaria de terminar a construção de uma casa para sua família. Sua esposa temeu aparentemente que se ele regressasse para o Japão ele nunca voltaria ao Brasil. Embora, ele não tenha mostrado nenhum desejo forte para voltar ao Japão, é dito que suas palavras finais quando morreu um ano depois de doença de kindey tinham sido "eu quero beber água japonesa, eu quero voltar para o Japão” (A Lion's Dream, the Story of Mitsuyo Maeda = Sonho de um Leão, a História de Mitsuyo Maeda).